Infarto do miocárdio, infarto agudo do miocárdio ou ataque cardíaco é a necrose (morte) de uma parte do músculo do coração causada pela falta de irrigação sanguínea. Isso acontece quando uma ou mais artérias que levam oxigênio ao coração são obstruídas repentinamente por um depósito de gordura e plaquetas (componentes do sangue que formam os trombos, conhecidos popularmente como coágulos). Sem sangue, o tecido cardíaco atingido fica sem oxigênio e morre. Com isso, o funcionamento do coração, que trabalha como uma bomba mecânica, pode ser seriamente afetado.
Os sintomas incluem sensação de aperto, queimação ou forte dor no peito. Também pode haver dor no pescoço, nas costas ou nos braços, bem como fadiga, tontura e batimento cardíaco anormal (arritmia). A pessoa pode apresentar, ainda, suor excessivo, ansiedade, agitação, náuseas, vômitos, tontura e desfalecimento (perda da consciência).
Fatores que aumentam o risco de infarto
Ninguém está 100% protegido de um infarto, mas ainda assim existem grupos de risco, ou seja, grupos com indivíduos mais propensos a sofrerem de um ataque cardíaco. O infarto geralmente resulta de uma série de agressões acumuladas ao longo dos anos e os mais predispostos são:
- Indivíduos com colesterol elevado;
- Diabéticos;
- Pessoas sob estresse contínuo;
- Hipertensos;
- Indivíduos com histórico familiar de infarto;
- Obesos;
- Sedentários;
- Fumantes;
- Alcoólatras;
- Usuários de drogas estimulantes, como cocaína.
Tratamento do infarto
Um ataque cardíaco é uma emergência médica e, portanto, é crucial que o paciente seja levado ao hospital o quanto antes. Metade das mortes devido a um ataque cardíaco ocorre nas primeiras três a quatro horas após o início dos sintomas.
O mais importante no tratamento do infarto é a desobstrução da artéria entupida. Existem duas formas de realizar esta desobstrução: angioplastia coronária (desobstrução mecânica) ou fibrinolíticos (desobstrução com medicamentos).
No primeiro, um cateter-balão é inserido por meio de uma punção arterial (no punho ou virilha) e direcionado até o local do entupimento da artéria. Esse cateter é inflado para que seja aberta a artéria. Em seguida é colocado um stent (um dispositivo semelhante a uma mola), mantendo a artéria aberta e normalizando a circulação de sangue. Já os fibrinolíticos são medicamentos para dissolução do coágulo. Essa técnica é indicada somente quando não é possível a desobstrução por angioplastia, pois pode causar hemorragias.
Dependendo do tipo de infarto e da gravidade do entupimento, a desobstrução das artérias pode requerer um procedimento mais invasivo, como a cirurgia de revascularização do miocárdio. Empregando as denominadas pontes de veia safena ou de artéria mamária, a intervenção cirúrgica constrói um caminho alternativo para o miocárdio ser irrigado pelo sangue.
Além disso, são associados ao tratamento outros medicamentos que têm por objetivo evitar a formação de novos coágulos, prevenir arritmias (batimentos irregulares do coração) e controlar o colesterol, além de favorecer a cicatrização da área afetada.
Qualquer que seja o procedimento, o tratamento prossegue com medicamentos e mudanças importantes no estilo de vida, como a adoção de hábitos de vida saudáveis e controle dos fatores de risco para a doença.
Como prevenir-se de um infarto?
Além da prática regular de exercícios físicos (150 minutos de atividade física moderada por semana) e alimentação adequada, também são fatores fundamentais para evitar o entupimento das artérias e consequente infarto:
- Não fumar, bem como evitar o fumo passivo;
- Controlar a pressão arterial e o colesterol;
- Fazer check-ups médicos regulares;
- Manter o peso ideal;
- Controlar o diabetes;
- Controlar o estresse;
- Não ingerir álcool em excesso.